Dezembro
QUE FUTURO?
Certamente que os prezados Leitores, Colegas e Amigos, que eventualmente...
QUE FUTURO?
Certamente que os prezados Leitores, Colegas e Amigos, que eventualmente leiam estas linhas, sentem, como nós, alguma ansiedade quanto ao futuro.
Pensamos que, obviamente, não é o futuro do País, como Nação, ou Estado que está em causa. Mas o que está causa, é, na sua essência, de igual importância, pois a ansiedade que sentimos tem a ver com a instabilidade que se estabeleceu, de há alguns anos a esta parte (talvez sejamos levados a crer que esta ansiedade é congénita pois ainda hoje há quem aguarde pela chegada de D. Sebastião...), nos centros de decisão do nosso país.
Não podemos, por mais que o queiramos, deixar de questionar os porquês do nosso atraso, que é maior a cada dia que passa, relativamente não só a muitos outros países mas sim, e principalmente, aos países que constituem a Comunidade Europeia. As notícias que nos chegam demonstram que só alcançamos “progressos” (!!!) nos padrões mais negativos, nomeadamente na falta de qualificação da maioria dos nossos trabalhadores, na baixa produtividade, no desrespeito pelo cumprimento das normas e regulamentos, no aumento do número de doentes infectados pela SIDA, no reaparecimento da tuberculose, etc., etc., etc..
E, o que é ainda mais lamentável, é que as pessoas que têm detido o poder, a todo e qualquer nível, seja governativo, empresarial, ou mesmo associativo, não se apercebem, minimamente, que a população em geral está atenta e sente-se desconfortável por nada ser feito em benefício da geração actual e das futuras, e que, ao adoptar, como seu, o texto de um determinado anúncio publicitário, que refere “Eles falam, falam, falam, e não fazem nada, claro que fico chateado...”, estamos todos nós a interiorizar e a reconhecer a incapacidade que tem sido demonstrada de nos governarem com sensatez e com vista a progredirmos acima da média dos restantes países.
Essa insatisfação, que é, quase que se pode dizer, “palpável”, pode dar origem, caso os futuros protagonistas, que alcançarem o poder nas próximas eleições legislativas, continuem a proceder do mesmo modo do que os que os antecederam, a que toda a população se una na exigência de uma maior e melhor cidadania.
Talvez, ao fim e ao cabo, esta degenerescência impulsione as pessoas a adquirir a consciência que o presente e o futuro dependem mais de nós próprios do que de quaisquer pessoas ou entidades que nos representem.
A finalizarmos, e tendo em consideração que se aproximam os períodos natalício e de passagem de ano, deixamos expressos os nossos votos de um Feliz Natal e de um Próspero Novo Ano, extensivos a todos os vossos familiares, amigos e restantes entes que vos sejam queridos.
João Colaço