2005

Abril


ÁGUAS MIL?
Nós, "os velhos”, temos uma enorme propensão para utilizarmos...


Nós, "os velhos”, temos uma enorme propensão para utilizarmos ditos ancestrais que reflectem, normalmente, as experiências acumuladas através de incontáveis gerações na observação dos fenómenos naturais e do comportamento humano.

Ora, como sabeis, se relativamente a Março o ditado refere “Março, Marçagão, de manhã, Inverno; à tarde, Verão”; já relativamente a Abril é este mês conhecido como o mês “de águas mil”.

Atendendo à seca que tem atingido o nosso País, com especial incidência no sul, é com alguns laivos de esperança que aguardamos que se cumpram as premissas que levaram os nossos antepassados a adoptarem este ditado. Mas esperamos, também, que não se cumpra outro ditado, ou seja aquele que refere que “Não há fome que não dê em fartura”.

Como temos observado nos noticiários televisivos, nos últimos tempos, por vezes as quedas de precipitação são de tal modo excessivas que acabam por redundar em autênticas tragédias, aliás como já nós próprios, em Portugal, sofremos há anos atrás.

Ora, como afirmam outros ditados, “Nem oito, nem oitenta”, e “No meio é que está a virtude”.

É isso que esperamos que este mês de Abril nos traga, em termos climatéricos, já que, no que concerne ao exercício da nossa profissão, e a finalizar, vamos referir, ainda, os seguintes ditados: “O que é demais, cheira mal”, e “Quem não trabuca, não manduca”. Como todos nós precisamos de manducar (talvez uns mais que outros…) vamos lá mas é trabalhar e deixar os adágios, aforismos, ditados ou provérbios para quem não tem mais nada que fazer. Que o vosso (nosso) trabalho seja profícuo, apesar da chuva, ou da falta dela! …

João Colaço