2005

Maio


O MÊS DA PRESSÃO
Escrevemos no passado ano – caramba, parece que foi ontem! – que o mês de Maio era...


Escrevemos no passado ano – caramba, parece que foi ontem! – que o mês de Maio era o mês do coração.

Agora, por entendermos que não sendo só os papagaios que são repetitivos, pois existe muito boa gente que gosta de se repetir julgando que assim acaba por ser ouvido e seguido, e por pensarmos que devemos procurar ser os interpretes do que vai na alma dos leitores, resolvemos pôr o coração de lado, como se isso fosse possível, e tentar abordar algumas das principais obrigações que impendem sobre nós no decorrer deste mês, mas sem que exista a pretensão de fazer deste editorial o respectivo calendário fiscal pois o mesmo encontra-se disponível, no seu próprio local, nesta nossa página.

Assim, prezados Leitores, em Maio, mês intermédio entre a primavera que se esvai e o verão que se aproxima, temos que cumprir com as obrigações declarativas das entidades sujeitas a IRC, pelo que deverá ser dedicada a mais profunda atenção ao preenchimento do quadro 07 da declaração modelo 22, isto se as respectivas entidades não estiverem abrangidas pelo regime simplificado (esta do regime simplificado é uma boa piada, não é?) ou pelo regime da transparência fiscal.

Não podemos esquecer, obviamente, que em sede do CIVA há que remeter as declarações periódicas dos respectivos sujeitos passivos, estejam eles abrangidos pelo regime especial dos pequenos retalhistas, no regime normal trimestral ou no regime normal mensal.

Enquanto dedicamos a nossa atenção a estes afazeres temos ainda que estar atentos às alterações introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2005 na diversa legislação, que tem a ver com a actividade por nós desenvolvida, e que não são poucas.

Queremos, pois, deixar bem vincado o facto de, ano após ano, vivermos este drama de sofrermos, cerebral e fisicamente, a maior pressão para que todos os prazos sejam cumpridos, e o trabalho efectuado com todo o rigor e perfeição, precisamente no mês mais florido do ano e que deveria ser aquele em que deveríamos dedicar mais cuidado ao nosso coração e não o castigarmos com a pressão dos assuntos profissionais que acarreta, sem que muitas vezes nos apercebamos, uma maior pressão arterial com efeitos extremamente nocivos e quantas vezes fatais.

Leitores e Amigos, ponhamos o coração ao alto e desde que saibamos dosear a pressão, para que a saúde e o bom senso não nos falhem, certamente que este mês de Maio será um mês que no seu final nos encherá de satisfação por termos cumprido com esmero a nossa tarefa.

João Colaço